segunda-feira, 2 de março de 2009

Espécies ameaçadas e conservação em Portugal

Nome comum da espécie:
Arau-comum ou airo.

Designação científica:
Uria alge.

Características morfológicas:
O arau-comum tem um aspecto semelhante a uma torda-mergulheira, distinguindo-se desta espécie pelo bico mais fino e pontiagudo. O espécime adulto alcança de 38 a 46 cm de comprimento. O seu aspecto exterior faz lembrar um pinguim, mas no entanto não está relacionado com estas aves. O airo masculino é indistinguível do feminino. No norte da Europa é branco com a plumagem da cabeça, costas e asas pretas. Contudo, as aves que existem em Portugal têm as partes superiores de um tom castanho-escuro em vez de preto.


Distribuição e abundância – em Portugal e no mundo:
Em Portugal o airo pode ser detectado especialmente junto a praias, promontórios e zonas abrigadas como alguns portos. Existe maioritariamente nos seguintes locais: Entre Douro e Minho; Litoral centro; Lisboa e vale do Tejo; Alentejo; Algarve.
Mundialmente, o arau-comum existe principalmente em zonas costeiras e orla marinha sobre a plataforma continental mas pode ocorrer também no alto mar, nomeadamente fora da época de nidificação. Possui uma distribuição boreal e Árctica no entanto, algumas populações ocorrem também nas zonas temperadas. A área de distribuição da espécie inclui a Alemanha, Dinamarca (Ilhas Faroé e Gronelândia), Espanha, Finlândia, França, Grã-Bretanha, Noruega, Portugal, Irlanda, Rússia e Suécia. Ocasionalmente também pode ocorrer no interior do continente europeu, nomeadamente na Bulgária, Itália, República Checa, Roménia e Suíça, ou em áreas litorais situadas para sul da sua área de nidificação, por exemplo Açores, Malta e Marrocos. Típica das zonas frias e temperadas do Atlântico Norte, é a única ave da família dos alcideos que nidifica na Península Ibérica.

Habitat e comportamento:
Espécie dispersiva, essencialmente nos primeiros anos de vida, embora os adultos possam permanecer perto das colónias durante todo o ano. Tolera ventos fortes, chuva intensa e climas frios, evitando porém as zonas de gelo. Evita águas salobras e zonas pouco profundas. Voa junto à superfície do mar, até uma altura máxima que não excede em geral 150m, podendo voar excepcionalmente acima dos 200m. Os araus-comuns passam o Inverno no mar, para evitar o gelo, e só se deslocam a terra no Verão. Nesta altura, acasalam e cada par põe um único ovo em escarpas apinhadas de aves. Para evitar que as forças da natureza empurrem o seu ovo para o mar, os pais fixam-no às rochas com guano. Ao longo de 40 dias, revezam-se na incubação e depois, ambos alimentam a cria. Com apenas 25 dias de vida e sem poderem voar, os pequenos araus lançam-se ao mar durante a noite, para evitarem a predação das gaivotas. Durante os 2 primeiros meses no mar, são protegidos e alimentados pelos pais. Os habitats de nidificação mais habituais desta espécie monogâmica são ilhas, costas rochosas e falésias. Durante a época de reprodução, os imaturos e os indivíduos que não estão a acasalar nem a cuidar das crias costumam deixar os penhascos ao anoitecer e dirigem-se para o mar, onde pernoitam. Alimentam-se nas áreas marinhas situadas em torno dos locais de nidificação. A alimentação é feita durante o dia e constituída por peixes e outros animais marinhos, que o arau-comum captura com o bico, mergulhando até uma profundidade de 60 metros. Conseguem manter-se debaixo de água mais de dois minutos.

Estatuto de conservação:
Global: LC (Pouco preocupante).
Nacional: População nidificante – CR (Criticamente em Perigo). População invernante – NT (Quase ameaçado).



Medidas de conservação (em Portugal):
- Gerir e fiscalizar o tráfego marítimo ao longo da costa; -
Limitar e fiscalizar o uso das artes de pesca mais nocivas;
- Efectuar campanhas de sensibilização ambiental das populações e autoridades convenientes; - Controlar os predadores nos locais de nidificação;
- Fomentar o estudo da ecologia das espécies piscícolas;
- Identificar áreas marinhas importantes para a manutenção da espécie;
- Montar um esquema de prevenção adequado para responder aos acidentes com embarcações que transportam hidrocarbonetos e outras substâncias poluentes do meio marinho.



. Reflexão:
Com este trabalho foi-me possiblitado tomar a noção de que muitas das espécies existentes no nosso planeta se encontram ameaçadas. A actuação do Homem, na actualidade, leva a um elevado ritmo de destruição e extinção de espécies.
Na turma, cada aluno ficou encarregue de pesquisar acerca de uma espécie ameaçada em especial e a mim coube-me o arau-comum. Sendo apresentados todos os trabalhos, ficamos a saber quais os seres vivos que se encontram mais em perigo e penso que a consciência dos estudantes foi alertada para tomarem medidas que evitem a extinção de espécies.
Na minha opinião, este trabalho foi muito importante visto que serviu para que quem o lesse ficasse a conhecer melhor o arau-comum e sensibilizado para o perigo que, hoje em dia, as espécies em geral sorem devido a actos antropogénicos!

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